O arquiteto e urbanista José Fernandes da Cunha, egresso da PUC Goiás, é um dos autores da 2ª edição do Guia do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB) para Agenda 2030, que será lançado em julho no 27º Congresso da entidade. O trabalho de conclusão de curso de José Fernandes foi um dos 51 projetos/planos selecionados, dentro do marco Erradicação da Pobreza.
Com o título Nova Luz, uma cidade em busca de sustentabilidade, o trabalho pioneiro na universidade propôs a criação de uma cidade no Nordeste Goiano para abrigar um centro de pesquisa de sustentabilidade no Bioma Cerrado. Produzida em 2018, a tese do autor teve a orientação da arquiteta e urbanista e professora Adriana Mikulaschek e foi apresentado na PUC Goiás no cinquentenário do curso.
A cidade criada por José Fernandes possui um conjunto de soluções sustentáveis e foi projetada desde a escolha do lugar, onde há maior incidência de luz e um baixo desenvolvimento socioeconômico, até a definição das atividades econômicas e do crescimento urbano. A aliança dos dois fatores, no Nordeste goiano, buscou trazer na criação de uma cidade um projeto de crescimento para a região.
O fato de ser no bioma cerrado, explica o arquiteto, objetivou todas as decisões tomadas e a cada serviço ou solução implantada foi pensado no consumo sustentável de cada bem natural. Entre as propostas do projeto de José Fernandes, está a criação de uma indústria voltada para produtos sustentáveis e a criação de uma zona franca de comércio desta produção.
“A Nova Luz seria um laboratório urbano de soluções sustentáveis para aplicar em outras cidades com condições semelhantes à dela. O impacto ambiental de um espaço urbano é muito grande, então temos que pensar em como resolver este problema”, explica José Fernandes, que considerou as semelhanças da região goiana com todo o nordeste brasileiro.
O novo profissional acredita que é papel do arquiteto criar soluções técnicas para os problemas da cidade e traduzi-las para toda a comunidade. Para José, que tem uma história inusitada na arquitetura, a publicação do trabalho é resultado da qualidade do curso de Arquitetura e Urbanismo da PUC Goiás e da orientação recebida.
José Fernandes se formou em 2018, quase 20 anos depois de ter começado o curso, e hoje, aos 44 anos, atua na área. Nos anos 90, ele trancou matrícula para poder trabalhar, mas voltou em 2014 para a Escola de Artes e Arquitetura e garantiu a realização de um sonho, que hoje é também uma grande contribuição para a arquitetura do futuro.