Live discutiu potencial da energia fotovoltaica no Brasil

Potencial da energia fotovoltaica no Brasil é enfoque de palestra

A sustentabilidade e a eficiência energética são temas que pautam o presente e o futuro da humanidade. A Engenharia é uma das profissões que tem o potencial de trazer respostas para problemas referentes à escassez dos recursos naturais. Uma das opções é a  geração de energia fotovoltaica, obtida através da luz solar, que é uma realidade mundial e tem a tendência de ser mais difundida nos próximos anos.

“A causa do aquecimento global é  a falta de uma matriz energética sustentável no mundo. É uma questão discutida há muitos anos, mas que ficou mais evidente desde 2016, devido à elevação da temperatura da Terra em 1° C, se comparada ao período da Revolução Industrial (1920)”, observa a egressa do curso de Engenharia Elétrica da PUC Goiás, Alexia Pablinne, que atua na área de projeção e implantação de fontes de energia renováveis em Goiás, com foco no sistema fotovoltaico.

Para desacelerar esse aumento de temperatura, é preciso reduzir a emissão de dióxido de carbono na atmosfera, que é um dos principais gases que gera o Efeito Estufa. A Organização Meteorológica Mundial prevê que há uma possibilidade de a temperatura da Terra aumentar em 2°C, número excede o compromisso definido pelo Acordo de Paris, firmado em 2015, pelos Estados Membros.

É um desafio, já que mais de 80%  da matriz energética mundial é composta por fontes poluentes como petróleo, carvão em gás, entre outros. “Os países começaram a pensar em ações sustentáveis um pouco tarde e, agora, precisam remediar medidas estratégicas que deveriam ter sido traçadas lá atrás, para não chegar nos níveis que estamos hoje”, reflete.

O potencial do Brasil

De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), até 2024, cerca de 1,2 milhões de geradores de energia solar devem ser instalados em residências e empresas em todo o território brasileiro.

No cenário nacional atualmente, 38% da matriz energética tem como fonte o petróleo e 60% é composta pela energia hídrica. Apesar de ser um exemplo de fonte limpa, o país enfrenta problemas de escassez hídrica, fato que pode elevar os custos com energia em cerca de 4.5 bilhões.

“Outra questão é o aumento do consumo de energia elétrica, que de 1995 a 2020 apresentou um aumento de 220%. Essa matriz não acompanha a curva do crescimento e, para aumentar a sua produção, empresas de médio e grande porte implantam o sistema fotovoltaico para suprir as falhas no fornecimento de energia”, reflete a engenheira eletricista.

Diante desse contexto, o sistema de energia fotovoltaica é uma tendência que pode ser consolidada no Brasil. Um dado curioso trazido pela egressa é um comparativo entre o Brasil e Alemanha.

O “pior” local de potencial de energia fotovoltaica no Brasil gera mais do que o “melhor” local do potencial fotovoltaico da Alemanha. Em contrapartida, a energia solar representa 1.7% da matriz energética do Brasil, enquanto no país alemão já passa dos 12%.

Trata-se, portanto, de um potencial pouco explorado no cenário nacional e que tem a tendência de crescer nos próximos anos devido à redução do preço dos equipamentos e ao avanço da tecnologia. Estima-se que o retorno financeiro do projeto de um sistema fotovoltaico no Brasil leva aproximadamente 4 anos.

A engenheira citou o exemplo de um sistema de energia fotovoltaico implantado em uma usina de produção de sementes em Goiás, que teve o custo de implantação de R$ 4.261.000,00 e que gera uma economia anual para a empresa em torno de 950 mil reais. O retorno do investimento está previsto para acontecer em 50 meses. Com a iniciativa, 238 toneladas de CO2 não serão jogadas na atmosfera ao ano.

Todas essas informações foram partilhadas por Alexia durante live promovida pela Escola de Engenharia no circuito Ciência em Casa, transmitida na última quarta-feira,5, pelo canal da PUC Goiás no Youtube.

Perdeu a palestra e gostaria de obter mais informações sobre o assunto? Assista ao vídeo, na íntegra, abaixo.

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