Uma conquista que mostra a qualidade da pesquisa realizada pelos estudantes e docentes do curso de Arqueologia da PUC Goiás. O projeto de Iniciação Científica (IC) do acadêmico, Guilherme Adriano Chiqueto, obteve a terceira colocação no edital da Sociedade de Arqueologia Brasileira (SAB), que é destinado ao apoio financeiro às pesquisas desenvolvidas por estudantes na graduação, nesta área do conhecimento.
Com orientação da professora Sibeli Aparecida Viana, o projeto tem como objeto de estudo os materiais líticos encontrados em um sítio arqueológico localizado em Serranópolis, Goiás, oriundos há cerca de 8.500 a 6.500 anos antes do presente.
O termo científico materiais líticos faz referência aos primeiros objetos usados pelo ser humano, entre rochas e minerais, que eram destinados para vários objetivos, como elaboração de seus instrumentos de caça, confecção de símbolos religiosos, entre outros fins.
Intitulada Análise tecnofuncional dos materiais líticos provenientes do sítio GO-JÁ-03 (Holoceno Médio), pesquisa irá preencher lacunas necessárias no estudo em Arqueologia.
“O projeto fortalece um movimento acadêmico que busca a desconstrução de visões históricas generalistas e simplistas, dando espaço para que grupos humanos de um passado remoto, na maioria das vezes invisibilizados, possam ser reconhecidos e integrados no movimento de reconstrução de uma outra história do país, mais ampla e culturalmente inclusiva”, ressalta a professora Sibeli. O projeto integra o Programa de Iniciação Científica da PUC Goiás/ IGPA/EFPH.
De acordo com a pesquisadora, a cultura material do período mencionado no projeto, representada por instrumentos de pedra lascada, é rotulada por uma percepção negativa, já que tais objetos são reconhecidos como pouco elaborados tecnologicamente.
“Eles, portanto, se distinguem das coleções mais recentes (em cerca de 900 anos antes do presente), onde ocorrem instrumentos bem definidos, como os machados, e das coleções de instrumentos mais antigos (em cerca de 10 mil anos antes do presente), onde se incluem, por exemplo, as pontas de flechas”, explica.
O estudante contemplado pelo edital iniciará o 2º período do curso com uma importante conquista acadêmica, que marcará sua formação, além de trazer uma contribuição relevante para a ciência. Ele cursou o primeiro período do curso em regime remoto e tem a expectativa de ir a campo no mês de agosto.
“Com o incentivo da SAB, poderemos seguir nosso cronograma que envolve trabalho em campo no decorrer deste próximo semestre – vai depender da pandemia. É só o início de um projeto que ainda vai longe, pois a ideia é levá-lo de uma forma humanizada para pessoas que não são do meio científico, como estudantes do Ensino Médio, por exemplo”, relata.
Para desenvolver a pesquisa, Guilherme irá se basear em metodologia tecnofuncional, que consegue compreender os modos de produção desses instrumentos considerados disformes, assim como seus possíveis modos de funcionamento. A partir dessas análises, serão realizadas ilustrações para projetar a operacionalização dessas ferramentas.
Todo esse material será utilizado em futuras ações educativas no âmbito do projeto Patrimônio Arqueológico da Região Sudoeste de Goiás, desenvolvido pela profa. Sibeli Viana, com apoio da Fapeg e CNPq.
Faça Arqueologia na PUC!
A Iniciação Científica é uma das oportunidades que o estudante pode usufruir na graduação. Ela traz inúmeras vantagens para a formação, já que insere os acadêmicos no universo da pesquisa.
Se você tem instinto investigativo e quer responder perguntas cujas respostas podem trazer contribuições à sociedade, a IC é um caminho promissor para você se tornar um estudante pesquisador e um profissional completo, além de prepará-lo para o exercício da docência.
O curso de Arqueologia da PUC Goiás tem reconhecimento máximo do MEC e qualifica seus estudantes para desenvolver projetos de pesquisa, produzir relatórios técnicos e preparados para dialogar com diferentes profissionais para uma atuação multidisciplinar. Saiba mais sobre o curso aqui.