Foto: Weslley Cruz

Maternidade em fases diferentes

Dá pra dizer que a analista de sistema Fabíola Guimarães Auad Ferreira Lima, 52 anos, sabe bem que cada maternidade é única. Isso porque a diferença de idade dos filhos é de 12 anos e os momentos pessoais e profissionais mudaram a forma como ela encarou cada uma destas experiências. Mãe de Lucas, 25, e Henrique, 13, ela é uma das Mães da PUC, e tem orgulho de falar que, além da diferença de idade, criou dois filhos com personalidades completamente diferentes e dois seres humanos que prometem fazer a diferença para o nosso mundo.


Fabíola começou a trabalhar na PUC em 1999 como prestadora de serviço, quando o filho mais velho ainda era um bebê, e, em 2001, foi contratada. Atualmente ela é assessora da Pró-Reitoria de Desenvolvimento Institucional. Mas a segunda gravidez acabou sendo adiada por ela e pelo marido. Na primeira infância do Lucas, ela perdeu um sobrinho que tinha a mesma idade do filho para um câncer e o sofrimento a fez recuar dos planos. Logo depois, optou por um mestrado que não tinha em Goiânia e passou uma temporada em Campinas (SP). Neste período contou com o marido e a própria mãe para cuidar do Lucas.


Os anos foram passando e quase que o Henrique não veio, mas o Lucas queria muito um irmão. “Ele curtiu a minha gravidez, escolheu o nome do irmão e participou muito desta chegada”, conta ela, que se tornou mãe novamente aos 39 anos. Era outra energia e muito mais tranquilidade. “Henrique quase nasceu na PUC, trabalhei normal até as 17 horas, sentindo contrações leves, e ele nasceu às 20h30, depois que eu saí do trabalho”.

Talvez esse ritmo já dê os sinais da personalidade do Henrique que é ligado no 12 e já nos primeiros meses de vida foi pra creche, já adaptado à rotina dos pais e do irmão. “Eu nunca abri mão da minha profissão por filho. Não podemos anular nossa vida pelo fato de nos tornarmos mãe e eles aprenderam isso comigo”, garante Fabíola.


Os filhos vieram poucas vezes ao trabalho da mãe, apesar da PUC fazer parte da vida deles desde a infância. Mas nas jornadas da Cidadania e nas confraternizações eram o momento que ela aproveitava para que eles pudessem interagir com o seu ambiente de trabalho. “Eles sempre souberam que o lugar não era pra diversão, então quando podiam vir achavam o máximo”.

Isso só mudou quando o Lucas foi aprovado no vestibular para Direito e eles passaram a dividir a universidade. Para Fabíola foi motivo de muito orgulho. “No dia da colação eu estava mais feliz que ele”, garante a mãe, que compartilha o sentimento de dever cumprido. Além da colação de grau, o filho também recebeu o Mérito Acadêmico e fez intercâmbio em Portugal. Hoje ele estuda para concurso e trabalha.

Agora o foco está voltado para o caçula que ainda tem um caminho a trilhar, mas também planeja estudar na PUC. Como está no começo da adolescência gosta muito de tecnologia e nada de fotografia, por isso, não quis sair nas fotos da reportagem. Mas quem precisa estar em fotografia quando ocupa o melhor lugar do mundo: o coração de uma mãe, né?

Fotos: Weslley Cruz