Cientista desde a graduação, é assim que se pode resumir a trajetória do biomédico Nelson Côrtes de Oliveira, que agora ganha novo capítulo. Ele foi aprovado em primeiro lugar para o doutorado em Biotecnologia, na Universidade São Paulo, um dos mais concorridos do Brasil. Egresso da PUC Goiás, ele levará para USP sua experiência como pesquisador e espera contribuir com soluções para a saúde pública. Nelson irá atuar em uma área muito nova, a Biotecnologia, que reúne conhecimentos nas áreas de Biologia e Química para quem quer atuar nas áreas de saúde, alimentos e ambiental.
Fator decisivo para o resultado tão positivo do futuro doutor foi a experiência na Iniciação Científica, durante três dos quatro anos da graduação na PUC Goiás. Ele foi bolsista PIBIC/CNPq (2015-2016) e bolsista BIC/PUC Goiás (2017-2018) e desenvolveu projetos de pesquisa no Laboratório Clínico da PUC Goiás e no Núcleo de Estudos e Pesquisas Imunológicas (NEPY) com ênfase em Imunologia Humana/Médica, Arboviroses e Biologia de Sistemas. Sua dedicação foi reconhecida pelo título de Mérito Acadêmico Magna Cum Laude, concedido pela universidade em 2018.
“Ao finalizar a graduação busquei continuar na área científica, no entanto, antes de ser aprovado trabalhei em laboratórios de análises clínicas, sendo o último na área de biologia molecular realizando testes de RT-qPCR para COVID-19”, explica ele. O cenário atual com a pandemia do novo coronavírus aumentou o desejo de continuar nas pesquisas.
Ao buscar linhas de pesquisa ativas, ele encontrou o trabalho do prof. Dr. Gustavo Cabral de Miranda, que tem um projeto de aprimoramento e desenvolvimento de VLPs (do inglês Virus Like Particle, em tradução livre Partículas Semelhantes a Vírus) em que serão acoplados antígenos específicos de cada patógeno em estudo para desenvolvimento de uma vacina segura e eficaz. O trabalho de Nelson no Programa de Biotecnologia da USP será de desenvolvimento de uma vacina anti-Zika vírus com a utilização de VLPs quimérica expressando a proteína do Envelope domínio III. “Junto ao projeto participarei do desenvolvimento de vacinas anti-SARS-Cov2 e anti-CHIKV também”, conta o jovem pesquisador.
Iniciação Científica
A iniciação científica (IC) é um programa que proporciona aos estudantes a primeira experiência investigativa dentro da universidade. Desde o primeiro período do curso, os graduandos podem se inscrever em um projeto de pesquisa sob a orientação de um pesquisador em sua área de interesse. O estudante elabora um Plano de Trabalho, com um recorte do projeto do orientador, e participa das diferentes fases de realização de uma pesquisa sempre com o apoio do pesquisador orientador. Atualmente, a universidade possui 430 projetos em andamento.
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Para Nelson, a participação na Iniciação Científica foi fundamental para sua formação. “Foi de extrema importância pois foi graças aos incentivos e oportunidades que tive durante a graduação que me permitiram conquistar esta vaga, visto que como pré-requisito é necessário ter experiência com pesquisa e publicações de artigos em periódicos”.