A maçã que caiu na cabeça de Isaac Newton trouxe para ele a possibilidade de descobrir a Teoria da Gravidade e se tornar um dos maiores cientistas da Física e da Matemática. Mas para muitos a maçã é um professor que abre um portal de possibilidades a partir do primeiro contato com a matéria ou às vezes um pouco mais tarde. A maioria começa a estudar a disciplina no Ensino Médio, o que nem sempre é apaixonante. Mas algo que pode fazer a diferença é o professor.
Ligada às áreas de Ciências Exatas, o curso é um passaporte direto para o mercado de trabalho. E a diferença entre os profissionais está no uso de metodologias participativas e na forma como eles apresentam a Física para quem ainda não se encantou com a mecânica, a termologia, a ótica e a eletricidade, fenômenos estudados pelos físicos.
Uma aula de um professor que não era formado em Física, no final da década de 1990, chamou a atenção de Agnaldo Rosa de Almeida. Ele ficou curioso com a Teoria da Relatividade, de Albert Einstein, e marcou x na opção do curso nos vestibulares disponíveis em Goiás. “O tempo passa de forma diferente em referenciais distintos”. Foi aprovado e escolheu a PUC Goiás, na época Universidade Católica, para cursar Física durante meio-período e poder trabalhar.
Com 20 anos, ele não imaginava que estudar Física significava ensinar Física. Só no segundo período descobriu que seria professor. “Na época não nos explicavam as possibilidades de cada curso. Eu fui pego de surpresa”. Mas foi só o tempo de reformular os planos e conseguiu uma vaga de monitor em uma escola de Ensino Médio para entender como funcionava a educação. Depois, trabalhou em um convênio como professor de adolescentes.
Até garantir a pós-graduação que o levou a ser professor de outros professores e descobrir assim uma das suas vocações. Agnaldo fez Mestrado, Doutorado e está no Pós-Doutorado. “Em nenhuma área podemos parar de estudar. Na Física não é diferente”. São 40 horas semanais de trabalho na Universidade Estadual de Goiás, em Anápolis, onde seus alunos serão seus futuros colegas. “Temos um vínculo de colaboração”.
Com seus alunos, Agnaldo tem a tarefa de ensinar uma forma diferente de apresentar a Física. Sua área é a Ótica Quântica, que estuda o movimento da luz. “Temos que trabalhar com novas estratégias de ensino, com recursos tecnológicos, para atrair este aluno, que pode aprender o conteúdo no Youtube”, explica. As metodologias participativas e a prática dentro da pesquisa são dois diferenciais da sua formação, enumera Agnaldo, que foi bolsista da Iniciação Científica da PUC Goiás, onde se formou 2003.
Sobre o curso de Física
Um dos primeiros cursos da PUC Goiás, a formação em Física tem duração de no mínimo quatro anos. O principal diferencial da universidade é a formação humanística e pedagógica. “Eles realmente saem daqui como bons professores”, explica o coordenador do curso, Anderson Costa da Silva. A excelência é fato já reconhecido. O curso tem nota 4 do Ministério da Educação, em uma escala de 1 a 5.
A boa prática pedagógica ensinada na PUC Goiás envolve metodologias participativas e o uso de tecnologia. Os acadêmicos são desafiados a mostrar como a Física pode ser interessante com laboratório maker e o favorecimento da experimentação.
Vocação para docência
Para se tornar um físico e um bom professor, segundo Anderson, importante dominar Matemática e gostar de sala de aula. “A Física foi mistificada muito por causa da formação anterior das pessoas, à ferro e fogo, mas hoje ela ganha novos atrativos com profissionais muito empenhados em ensiná-la”.
E eles saem da universidade já empregados. A maioria começa a trabalhar durante o curso. O estágio obrigatório é no último ano, mas pode ser realizado antes. Além disso, eles podem participar das atividades extracurriculares, como a Liga Cosmolab, que reúne estudantes de outros dois cursos, a Química e a Matemática e as atividades do Centro Acadêmico e da Atlética.
A pesquisa é outra área explorada dentro do curso, que realiza anualmente Jornada Científica e possui projetos de Iniciação Científica na área de Ensino e da Física Pura, que estuda a estrutura da matéria. Alunos de IC podem ser beneficiados com a bolsa de estudos, além de ganharem pontos no currículo acadêmico.
Como entrar na universidade?
O acesso à universidade pode ser realizado na etapa geral do Vestibular da PUC Goiás ou da etapa Social, com oferta bolsa de 50% de desconto nas mensalidades. Eles podem optar por realizar provas na universidade ou usar as notas das últimas edições do Enem.
Após a aprovação, os alunos podem contar com programas de Apoio Estudantil, como bolsas do Vestibular Social, da OVG e do Prouni. Também podem ser aprovados nos processos seletivos para bolsas de Monitoria e Iniciação Científica com bolsas, além das vagas de estágio e de intercâmbio e bolsa de Iniciação à Docência (Pibid).
Este e outros 43 cursos de graduação fazem parte do Vestibular Geral. E é do seu jeito: faça prova ou use sua nota do Enem.