Na última década, a Robótica vem trazendo soluções para ajudar milhões de pessoas com paralisia ou doenças neurodegenerativas. Certamente você deve ter visto alguma notícia no seu feed que divulga pesquisas relacionadas a experimentos com braços e pernas mecânicos ou, até mesmo, o uso de robôs em cirurgias.
Para além da área da Saúde, os avanços tecnológicos são notáveis em outros segmentos da sociedade e a Indústria 4.0 (ou Quarta Revolução Industrial, como preferem alguns teóricos) engloba temas como inteligência artificial, drones, computação nas nuvens, realidade aumentada, entre tantas outras ferramentas que impactam na economia, além de reinventar a maneira como a sociedade produz e consome bens e serviços.
Independente das constantes transformações do mundo contemporâneo é importante que os profissionais se qualifiquem para lidar com esse novo conceito. E uma área que traz soluções para as questões trazidas pela sociedade é a Engenharia de Controle e Automação (Mecatrônica). Foi nesse nicho que a jovem Shayene Karla, 25, encontrou um caminho de atuação profissional e vem colhendo os frutos por isso.
Atualmente, ela é supervisora de produção na Redutep, empresa de soluções em Automação, e o cargo que ocupa hoje é resultado de muita dedicação ao longo dos anos: ela ingressou na empresa como estagiária, depois trabalhou com o estoque, PCP, compras até chegar à supervisão.
A egressa foi bolsista do Prouni durante a graduação e abraçou todas as oportunidades que o curso de Engenharia de Controle e Automação da PUC Goiás lhe ofereceu. Ela participava de eventos científicos, foi presidente do Centro Acadêmico do curso, atuou na organização do DeMec, campeonato de robótica, e durante sua gestão no CA conseguiu levar essa competição para o Câmpus Party em São Paulo. Ela também foi voluntária no CREA Júnior e fez três estágios na graduação.
“Pra mim, é uma grande vitória vir de onde vim, e estar aqui a um passo da diretoria de uma empresa como esta. A universidade contribuiu muito para que eu pudesse chegar aonde cheguei, mas um conselho que eu sempre dou aos acadêmicos é que sala de aula não é tudo, e que temos que aproveitar todas as outras possibilidades que a universidade e o ambiente universitário nos proporcionam”, ressalta.
E o que uma engenheira de produção faz como supervisora de produção?
O profissional, de uma forma geral, trabalha com a automação de diversos setores (alimentícios, farmacêuticos, cosméticos, mineração entre outros), e cada processo automatizado é uma evolução para a sociedade.
No caso da Shayene, ela é responsável pelos setores de Engenharia (onde são desenvolvidos todos os projetos e soluções); o setor de compras para projetos; PCP, que é o setor que controla todos os fluxos de necessidades de produção; o estoque o qual está atrelado às compras e, também, o setor de montagem, onde há os líderes de produção sob sua supervisão.
Diante de tantos setores sob sua responsabilidade, o dia a dia é bem corrido e dinâmico, cheio de reuniões de planejamento e, também, de avaliações dos resultados entregues por suas equipes.
O curso
O engenheiro de controle e automação pode atuar nas áreas de processos industriais, comerciais e residenciais. Na PUC Goiás, o curso comemora 10 anos de existência neste ano e tem como missão formar profissionais críticos e éticos, que achem soluções viáveis para a sociedade, além de se preocupar com as questões ambientais. De acordo com o coordenador do curso de Mecatrônica da universidade, prof. Vitor Hugo Martins e Resende, essa área do conhecimento precisa de profissionais com perfil comunicativo, que gostem de trabalhar em equipes, com capacidade produtiva e, claro, afinidade com cálculos em geral.
Vale ressaltar que esse curso tem um diferencial, porque vai muito além do ensino. Uma das iniciativas que mobilizam os estudantes é o Desafio Mecatrônico, competição de robótica na qual os estudantes colocam seus conhecimentos em prática, produzindo robôs de verdade, além de cuidarem da logística e programação para cumprir a meta dada. Outro atrativo é a Empresa Júnior do curso, denominada Argos, que, no ano passado, recebeu reconhecimento nacional: foi a 2ª empresa júnior brasileira que mais faturou, sendo considerada de alto desempenho pela Empresa Júnior Brasil.
Outras atividades que extrapolam a sala de aula é a atuação do estudante em liga acadêmica, atividades de extensão que possibilitam um contato com a comunidade, além da estreita relação com o Núcleo de Inovação Tecnológica da instituição (NIT), que traz novidades todos os semestres na área de tecnologia. A Mecatrônica também tem parceria com o curso de Ciências Aeronáuticas da instituição, já que irá auxiliar na produção de um novo simulador de voo, essencial para a prática laboratorial dos estudantes desse curso.
Para os interessados na área e egressos, a boa notícia é que as demandas na área da tecnologia não param e, não por acaso, os profissionais da área da Mecatrônica são conhecidos como engenheiros do presente e do futuro. A área de pesquisa também é promissora e envolve temas que investigam desde a qualidade de energia a sistemas automatizados.
Como se dá o ingresso no curso?
Por meio do Vestibular oferecido pela instituição, que admite estudantes aprovados nas provas escritas aplicadas pela universidade durante o período informado no edital do processo seletivo ou, caso o acadêmico prefira pode concorrer com as notas obtidas no Enem. Em ambos os casos é necessário inscrição prévia, que pode ser feita nesta página: vestibular.pucgoias.edu.br
Oportunidades e assistência estudantil
Uma das preocupações da universidade é com a permanência do estudante no ensino superior. Assim como Shayene, você também pode ter a oportunidade de conseguir uma bolsa universitária. Além do Prouni, a instituição acolhe estudantes bolsistas da OVG, Fies e há, também, a possibilidade do financiamento institucional, que é o PODE PUC. Saiba mais sobre ele aqui.
Outras oportunidades que desafogam o valor da mensalidade é a bolsa de Iniciação Científica, voltada para estudantes que desenvolvem um trabalho de pesquisa na linha de um professor orientador ou atividades como a Monitoria, por exemplo, que também dão um desconto mensal para o estudante que desempenha esse trabalho. Todas essas informações sobre oportunidades são divulgadas pelas coordenações dos cursos durante a Calourada, nos primeiros dias de aula.