Ensinar os fenômenos físicos, biológicos e humanos no planeta Terra é um dos desafios de quem escolhe a carreira de professor de Geografia. O outro é conectar jovens alunos a uma área que muitas vezes foi injustamente definida como chata. Mas dá para entender que quem precisava decorar os nomes dos rios, os tipos de relevo e de vegetações acabava entediado antes de aprender a conexão entre o meio ambiente com a vida social dos grupos em cada local.
É nesta fronteira entre a realidade social afetada diretamente pelo meio ambiente que transita o novo professor de Geografia, aquele que faz os alunos se apaixonarem e colocarem a mão na massa, ou melhor, na terra e terem a oportunidade de compreender o seu papel neste planeta.
A Geografia é uma disciplina ensinada na escola desde o Ensino Fundamental até o Ensino Médio. Tem espaço garantido em qualquer prova de seleção para o Ensino Superior e situa o estudante em um lugar no mundo. Esta é a profissão escolhida por Júlio César Oliveira de Morais na sua carreira. Formado pela PUC Goiás, em 2016, ele atua desde então no ensino público, onde também já foi estudante e teve professores que o inspiraram a seguir carreira na docência.
Em dúvida entre Geografia e História, ele leu as ementas dos cursos (FICA A DICA!). Se identificou mais com a grade do curso de Geografia. Já sabendo que ia ser professor, a principal carreira de quem faz a licenciatura na área, ele se envolveu com projeto de Iniciação Científica como voluntário e foi bolsista do Programa de Iniciação à Docência (PIBID) e da monitoria. Foi o que o fez entender como seria estar em sala de aula do outro lado como professor. Ele se lembrou da mãe, que é pedagoga, e dos professores que fizeram diferença para que o então aluno Júlio gostasse de Geografia.
No final do curso, Júlio se tornou professor em uma escola pública de tempo integral depois de uma seleção na Secretaria Estadual de Educação. Hoje ele leciona para alunos de 7º ano do Fundamental e 1º e 2º ano do Ensino Médio do Colégio Estadual Joaquim de Carvalho Ferreira e tenta trazer para estes adolescentes, entre 13 e 16 anos, a importância da Geografia para contextualizar a sociedade em que vivemos.
É assim que uma vez por semana, as turmas em que ele leciona vão colocar a mão na terra e cuidar da horta da escola, no Bairro Capuava. A ideia de Júlio ganhou apoio de outra colega professora e juntos eles conduzem a experiência. Ele, que nunca tinha plantado uma alface, aprendeu para poder ensinar e agora se lança em outro desafio, a criação de abelhas. Sim, aqueles seres vivos que são essenciais para o nosso ecossistema funcionar.
Para Júlio, o professor de Geografia tem o desafio de formar o jovem como cidadão a partir da construção de um pensamento mais crítico. “Precisamos fazer os alunos compreenderem isso e se tornarem protagonistas nos meios em que eles vivem”. A tecnologia não é barreira para quem usa o tema para falar da realidade. A característica muito humana de Júlio, que é acolhedor mas não abre mão da disciplina, dá vários caminhos para trabalhar a Geografia, mas, sobretudo o faz ganhar credibilidade entre os alunos.
Conheça o curso
Parte desta atuação de Júlio vem da experiência com as Metodologias Ativas e com o PIBID, diferenciais do curso de Geografia da PUC Goiás. “Temos um projeto integrador que mobiliza e trabalha as disciplinas de cada módulo oferecido de uma forma indisciplinar”, explica a coordenadora Ângela Dantas.
“O PIBID foi algo que eu participei que fez diferencial na minha formação e ainda faz na minha carreira. Dentro do programa, descobri nos estudos e de uma certa experiência algumas possibilidades de trazer conceitos mais lúdicos e mais interessantes para os alunos”, afirma Júlio que se sentiu mais preparado para enfrentar as salas de aula de forma autônoma.
Outro ponto positivo de quem já estudou com a nova grade oferecida pela PUC Goiás é a divisão do curso em módulos, que a cada semestre trabalha transversalmente temas como Natureza, Meio Ambiente, Geopolítica e Geoprocessamento. “Verificamos a teoria na prática, na espacialidade”.
A licenciatura em Geografia está instalada na Escola de Formação de Professores e Humanidades (EFPH), no Câmpus I, Setor Leste Universitário.
Oportunidades e apoio estudantil
A carreira de quem faz o curso de Geografia, no caso da PUC Goiás, é a licenciatura, o que não o impede de trabalhar com políticas públicas, na área do Plano Diretor, por exemplo, ou ainda na gestão escolar. Para ingressar na universidade, o aluno pode se candidatar pelo Vestibular Geral ou pelo Vestibular Social, além de aceitar Transferências.
Na Iniciação Científica (IC), o/a estudante de Geografia da PUC Goiás pode se candidatar a bolsas do Programa de Iniciação à Docência (PIBID), de intercâmbio, por meio de convênio com o Santander Universidades, além de poder atuar como voluntário em projetos de extensão universitária dentro e fora da PUC.
Se precisar de auxílio para ingressar ou permanecer na universidade, o/a estudante pode contar com bolsas de estudo como as do Vestibular Social, do Prouni e da OVG; bolsas de atuação específica, como as de Iniciação Científica (Pibic/CNPq e BIC/PUC); com financiamentos como o Fies, o Pode PUC e o PraValer.
Durante todo o curso, o aluno também pode integrar grupos de suporte oferecidos pela Coordenação de Assuntos Estudantis (CAE), contar com apoio psicológico gratuito ou a valores abaixo do mercado, a partir de parceiros, e se candidatar a vagas em oportunidades únicas que só uma universidade com o tamanho e o prestígio da PUC Goiás podem oferecer, como intercâmbios, workshops e grandes eventos científicos e comunitários de alcance regional, nacional e internacional.