Ensino Médio para quê? Para tirar boas notas no Exame Nacional de Ensino Médio (Enem), ser aprovado no Vestibular ou ainda para acabar com isso logo. A resposta a estas opções é não. O período, que exaure estudantes e famílias, deve ser dedicado a aprender, uma das habilidades que fará diferença para os profissionais do futuro.
É o que defende a mestre Adriana Rodrigues Ferreira, que é coordenadora do curso de Publicidade e Propaganda da PUC Goiás e fez dois cursos universitários: Publicidade e Jornalismo. Hoje, profissionalmente, ela se define como criativa, para além da dedicação à docência.
Adriana Ferreira defende que a formação profissional já começa nos três anos de Ensino Médio, de forma devagar e constante. “Quanto mais pudermos preparar esses jovens para entender que as carreiras deles já estão em construção, porque o futuro com os seus pontos positivos e negativos vai exigindo essa profissionalização aos poucos e que vai sendo mais potencializada, melhor. Eles já estão construindo esse futuro profissional”, explicou.
Sobre o futuro das profissões, ela afirma que muitas atividades nem foram nomeadas ainda, mas que as tradicionais continuarão a existir, como Medicina, Direito e Jornalismo. “Elas existirão dentro de uma concepção que não existe ainda, mas eles estão ajudando a redefinir esse cenário de mercado”.
Um dos diferenciais diante da participação da inteligência artificial em todos os campos será a humanidade: lidar com sentimentos e com relacionamento é essencial. “A tecnologia não sente, não desenha cenários, não tem criatividade, porque é uma máquina”. Então, é preciso que futuros profissionais aperfeiçoem o saber e lidem com os desafios de aperfeiçoá-lo.