Se para a maioria dos alunos, o curso escolhido apresenta apenas as possibilidades dos guias de estudante ou das trajetórias de profissionais reconhecidos, o início em uma pesquisa científica pode revelar o quanto a contribuição acadêmica pode ser relevante para a sociedade e possibilidades como a dedicação ao ensino e à pesquisa propriamente dita.
Ellen de Souza Lelis é uma destas pessoas que saiu do roteiro previsto para a sua carreira como fisioterapeuta. Em 2010, quando entrou no curso na PUC Goiás, a ideia era atuar profissionalmente com a Fisioterapia. Sete anos depois, ela está no mestrado de Atenção à Saúde, na mesma instituição, e já dá os seus primeiros passos como docente. Um desafio que só se tornou possível, segundo ela, à participação, por três anos consecutivos, na Iniciação Científica. “Realmente a IC foi o alicerce de toda minha jornada como docente”, conta ela, que já dá aulas no curso onde um dia foi aluna.
Segundo a professora e mestranda, foi durante o projeto de avaliação dos níveis socioeconômicos, saúde e qualidade de vida de idosos de Goiânia que fez cursos para manuseio de banco de dados e análise estatística e aprendeu em relação ao trabalho em equipe e aos centros de pesquisa. Sua pesquisa é sobre os fatores relacionados à rigidez arterial.
É este o destaque que a pesquisa pode oferecer ao profissional, explica a professora Priscilla Valverde, coordenadora da área na PUC Goiás. “O profissional que deseja atuar e destacar-se no campo de trabalho precisa estar atualizado. A iniciação científica propicia a aquisição de conhecimento acerca do método científico e sobre busca em bases de dados que são ferramentas essenciais para a atualização”.
Ela desmistifica a ideia de que a pesquisa seja só para aqueles que seguirão na academia. “Inevitavelmente, aqueles que decidem por uma carreira acadêmica (mestrado e doutorado) deverão desenvolver atividades de pesquisa. Entretanto, a pesquisa também é fundamental para aqueles que desejam atuar no mercado de trabalho. É por meio da pesquisa que o profissional mantem-se informado e atualizado”, explicando um diferencial que é bem visto aos olhos das grandes corporações. Afinal, é na pesquisa que surgem soluções importantes e ideias inovadoras.
O pesquisador ganha muito ao se dedicar-se às atividades de pesquisa. Ele desenvolve importantes competências, como leitura e escrita; síntese; trabalho em equipe; espírito investigativo; busca em bases de dados; elaboração de artigos, trabalhos científicos e outros produtos.
Os acadêmicos da graduação podem participar de várias modalidades de pesquisa durante o curso, além de prêmios e exposições. Na Iniciação Científica, são oferecidas modalidades como bolsas institucionais, CNPq e OVG, além do trabalho voluntário.
Para participar da pesquisa, o estudante deve procurar os projetos cadastrados no Sistema de Gestão de Pesquisa (SIGEP) da PUC Goiás e entrar em contato com um professor mestre ou doutor que faça parte da equipe do projeto de pesquisa.
Com a ajuda do professor o estudante deverá elaborar um plano de trabalho e realizar a inscrição no processo. A dica de Priscilla para escolher entre os projetos existentes é “o tema ou afinidade com um professor”.