A inclusão de alunos com deficiência no ensino superior ainda é um grande desafio a ser enfrentado no Brasil. No Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, lembrado em 3 de dezembro, o site Quero Bolsa divulgou levantamento, com base em informações do Ministério da Educação (MEC), que mostra a distância que o ensino superior precisa percorrer para se tornar de fato inclusivo.
Os dados mostram que apenas 51 universidades brasileiras, que possuem mais de 5 mil alunos matriculados, possuem 1% ou mais de estudantes com algum tipo de deficiência. Dentre as 51, 15 são particulares. Em Goiás, a PUC é a única a figurar no ranking da inclusão. A instituição, com base nos dados, ocupa a décima colocação no País, com 1% de alunos com deficiência. Atualmente, 292 estudantes estão inseridos no Programa de Acessibilidade da universidade, que é vinculado à Pró-Reitoria de Graduação (Prograd).
Os números refletem o esforço da universidade em ser um espaço para todos, reconhecendo em cada uma sua individualidade e particularidade para oferecer as estrutura e apoio necessário para o desenvolvimento das atividades acadêmicas.
No Brasil, conforme dados do Cento da Educação Superior 2018, de um total de 8,5 milhões de estudantes em faculdades, apenas 43.633 pessoas com deficiência fazem parte deste universo, o equivalente a apenas 0,5% do total. Em 2010, o percentual era ainda menor, 0,3%.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 6,2% dos brasileiros possuem algum tipo de deficiência: auditiva, física, intelectual ou visual. Apesar da deficiência visual ser a mais prevalente na população (3,6% da população), entre os universitários, é a deficiência física a mais representativa, chegando a 35,9% dos estudantes.
Coordenadora do Programa de Acessibilidade da PUC Goiás, a profa. Marília Rabelo destaca o compromisso da instituição em promover e garantir o acesso e a permanência dos estudantes com Necessidades Educacionais Específicas, a partir do acompanhamento pedagógico dos estudantes por meio de adaptações didático-metodológicas, que incluem orientações e discussões de casos entre docentes, coordenadores de curso, familiares e profissionais, visando ações inclusivas articuladas aos Projetos Pedagógicos dos cursos de graduação.
“Tem sido relevante a presença dos professores de apoio nas Escolas, o que tem possibilitado ao Programa ser referência em acessibilidade na comunidade goiana e agora reconhecido nacionalmente. Esse resultado é fruto do trabalho conjunto dos docentes, intérpretes de Libras, ledores, monitores, que com o uso de materiais adaptados, tempo adicional, softwares inclusivos, acompanhamento das adaptações físicas, têm qualificado e favorecido os processos de ensino e aprendizagem, a permanência e a conclusão destes estudantes em nossa Instituição”, destaca.