Clima de integração marca Jogos Universitários

O frio atípico, que tomou conta de Goiânia nos últimos dias, não conseguiu conter a animação dos 750 atletas que participam da 7ª edição dos Jogos Universitários da PUC Goiás (JUPUC).

Desde o último sábado, 21 de maio, as 21 atléticas inscritas na competição disputam as modalidades de handball, peteca, basquete, volley, futsal e society, no Complexo Poliesportivo do Câmpus II (Jardim Mariliza).

Os Jogos continuam até terça-feira, 24 de maio, e a pergunta que não sai da boca dos participantes é: será que a Atlética Primata, do curso de Direito, ganhará o hexacampeonato, ou o título voltará às mãos de outra, que não alcança o primeiro lugar há muito tempo?! Quem sabe, essa edição não será marcada por uma campeã inédita?!

Enquanto as finais não acontecem, o clima de integração marca os Jogos Universitários dentro e fora de campo. E se depender da empolgação das torcidas, todos os times serão campeões.

Nesse clima, a caloura do curso de Jornalismo, Thayane Evelyn, compareceu ao JUPUC vestida de verde para fazer uma alusão à cor da sua Atlética, a Matilha.

Com um cartaz para dar aquele incentivo aos colegas, ela conta o motivo que a fez acordar tão cedo, para prestigiar a sua atlética no Câmpus II.

“Tenho esperança e expectativa de ir para a final. Eu não estou jogando, mas vim para dar um apoio moral. O amor pela Matilha me fez vir pra cá”, declara a estudante, com um sorriso estampado no rosto.

Torcida faz a festa fora de campo

Assim como a fiel torcedora, outros competidores também participam do JUPUC pela primeira vez. O acadêmico do curso de Direito, Luiz Vieira, compete nas modalidades de futsal e society e exala confiança.

Após seu time ganhar de um placar de 7×2, no último sábado, 21 de maio, ele declarou: “ o hexa já é nosso”. Enquanto isso, a voz de um colega ao lado sussurrava: “ pés no chão, pés no chão”, já que era apenas o primeiro jogo e muita bola iria, literalmente, rolar depois disso.

Começando com o pé direito: atleta da Primata comemora primeira vitória na 7ª edição do JUPUC

Já a estudante do curso de Engenharia de Produção, Mariana Martins, que compete pela Atlética Engrenada, não teve a mesma sorte do adversário. Competidora nas modalidades de volley, handball, futsal e basquete, ela não ganhou os primeiros jogos, mas disse que o importante é participar.

“Gosto de esporte, mas achei que eu não tinha dom para jogos coletivos, mas agora eu vi que eu gosto muito dessa integração com minha atlética. É uma energia boa, que faz bem para a saúde. Ficamos muito fechados durante a pandemia e agora voltamos com nossos times. A gente perdeu, mas tudo bem”, declara.

Competidora exibe com orgulho o brasão da Atlética Engrenada

A importância de ocupar os espaços

Após 2 anos de pausa, em função da pandemia da Covid-19, a universidade decidiu retomar os jogos com apoio e mobilização da Liga das Atléticas.

De acordo com a pró-reitora de Extensão e Apoio Estudantil, profa. Márcia de Alencar Santana, a instituição decidiu dar continuidade ao JUPUC neste ano,  por entender que os estudantes precisam se reconhecer como acadêmicos, dentro dos espaços universitários.

Como muitos ingressaram na instituição e só assistiram aulas pelo computador, a retomada presencial das aulas também deve estar acompanhada por atividades extraclasse, que estimulam a integração estudantil.

Em formato menor que nos anos interiores, já que o intuito é retomar o evento de forma gradual e segura, respeitando os protocolos de biossegurança, a gestora declarou que está orgulhosa de todos os participantes, por perceber sua dedicação e compromisso para fazer o evento acontecer, mesmo com dificuldades.

“O objetivo é fortalecer o esporte como instrumento de formação integral e reconhecimento do outro, do respeito, da necessidade de gentileza e de convívio entre os diferentes e desconhecidos. A universidade cumpre sua missão de manter viva uma agenda fundamental, que desde a primeira edição se colocou como o maior evento universitário, realizado por uma instituição no Centro-Oeste brasileiro”, refletiu.

Determinação

Esse cenário descrito pela profa. Márcia também marca a análise do veterano do JUPUC, Gustavo Moura, do curso de Fisioterapia, que compete  nas modalidades de handball, basquete, futsal e society. Após dois anos parado, ele viu sua Atlética Traumática, se reerguer e montar um time competitivo neste ano para alcançar bons resultados.

“Temos o compromisso de partilhar essa experiência com os calouros. Estamos em busca do primeiro título. Montamos um bom time, queremos ganhar medalha em alguma modalidade”, afirmou.

Quem passou no Câmpus II para conferir tudo de perto foi a reitora da PUC, Olga Ronchi, que é uma entusiasta do esporte. Pedagoga por formação, ela avalia que os Jogos contribuem para a qualificação dos jovens, seja na educação infantil, ensino superior e formação continuada.

“O esporte possibilita a formação do caráter, disciplina, entendimento de regras, mas também a dimensão social, de inclusão, aprendizagem, trabalho em equipe, práticas solidárias e respeitosas”, refletiu.

Fotos: Wagmar Alves